quinta-feira , 23 maio 2024
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Família pioneira na exportação de café orgânico no Brasil e minhocultura na região inova em Manhumirim

Miriam Correa e o sobrinho Mathueus: novas gerações cultivando cafés especiais na região.

O pioneirismo e visão empreendedora e ambiental do saudoso Sr. Paulo Augusto Chaves Correia, conhecido como Paulinho da Fábrica de Velas Santo Antônio, em Manhumirim, tem sua continuidade com a família, avançando gerações, com compromisso, muito trabalho e inovação.

Paulinho foi o primeiro exportador de café orgânico do Brasil, e, na região, destacou-se como um dos primeiros a lidar com a minhocultura, a criação de minhocas para uso na agricultura, nos anos 1980.

Em entrevista, Miriam Corrêa, filha do saudoso empreendedor, acompanhada do sobrinho Matheus, relatou que este pioneirismo teve início em 1985, quando Paulinho adquiriu a fazenda, e, de imediato, ingressou na cultura orgânica. ‘Meu pai fundou a Fazenda e passou para a cultura orgânica. Ele foi o primeiro exportador de café orgânico do Brasil, exportando em 1990. Ele começou como produtor orgânico em 1985, através da cultura das minhocas, e, foi destaque em diversas reportagens na imprensa nacional, como a Revista Globo Rural, por exemplo. A partir da daí, ele ganhou prêmios na Alemanha. Com isto, eu pude morar na casa do alemão que importava nosso café, e, vivenciar as vendas do café que ocorriam neste período’, destacou.

A família Corrêa segue com a produção de cafés orgânicos e apresenta inovações. ‘Meu pai foi visionário. Ele conseguiu enxergar que a natureza precisa de um cuidado especial, e, ele teve este olhar, começando com este trabalho. Até hoje, temos o Certificado do IBD Certificações (Instituto Botucatu, em SP), que certifica o café orgânico para exportação no Brasil. Em sua trajetória de vida, ele ensinou muitas pessoas que queriam começar com este trabalho. Hoje, estamos na segunda e terceira gerações desta família na produção de orgânicos, e, agora, estamos fazendo, com Vidas Gerais Café, o café especial também. Atualmente, faço parte da AMUC (Associação das Mulheres da Cafeicultura das Matas de Minas e Caparaó), e, junto com minha sobrinha, Ana Carolina, que criou esta marca, participamos da Associação Internacional das Mulheres Produtoras de Café. Nossa família trabalha unida para manter esse projeto iniciado pelo pai em Manhumirim’, mencionou Míriam.

Sobre o momento atual, ele frisou que ‘percebemos grande adesão dos cafeicultores da região à produção orgânica, com os impactos ambientais positivos trazidos por ela, o retorno financeiro, entre outros benefícios, que devem ser observados por quem mora na região’.

(Thomaz Júnior / Diário de Manhuaçu)

 

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