Entre julho e dezembro de 2020, alta de 18%
No novo ano-safra 20/21 os produtores rurais já contrataram 18% a mais em crédito rural do que no mesmo período da safra passada. Entre julho e dezembro já são R$ 125,3 bilhões contratados.
A maior fatia é do crédito de investimento, que somou R$ 39,57 bilhões, uma alta de 44%. Na sequência vem os financiamentos de custeio, com alta de 12% e R$ 67,86 bilhões. O financiamento de industrialização cresceu 2% e somou R$ 7,18 bilhões. Já o de comercialização teve baixa de 9%, alcançando R$ 10,67 bilhões.
Do total das contratações de crédito de investimento, R$ 8,9 bilhões (10%) foram contratados por pequenos produtores (Pronaf) e R$ 1,59 bilhão (11%) pelos médios produtores (Pronamp). Os demais produtores responderam por R$ 29,07 bilhões (62%).
Em relação aos programas de investimento, com recursos do BNDES e administrados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a contratação ocorreu da seguinte forma: R$ 6,66 bilhões do Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota); R$ 1,45 bilhão do Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA); R$ 1,43 bilhão do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro); R$ 637 milhões do Programa de Incentivo à Irrigação e à Produção em Ambiente Protegido (Moderinfra) e R$ 1,18 bilhão do Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (Moderagro).
Sobre as contratações de custeio, os pequenos produtores responderam por R$ 10,3 bilhões (16%) e os médios produtores, R$ 15 bilhões (7%). A maior parte foi contratada por demais produtores, R$ 42,49 bilhões, um crescimento de 14%.
Os financiamentos agropecuários feitos a partir de recursos da emissão de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) totalizam R$ 14,5 bilhões, aos quais se somam os valores referentes às aquisições de CPR’s e às operações com agroindústrias. A LCA continua sendo uma importante contribuição para o funding do crédito rural, pois não resulta em ônus para os cofres públicos. Trata-se de um título de renda fixa privado. Os recursos investidos são usados para financiar o agronegócio.